Espiritismo Ciência: Auras são reais – que cor é a sua?

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Auras são reais – que cor é a sua?

Auras são reais – que cor é a sua? Este foi o título dado à uma matéria da revista NewScientist (05/01/2013 p. 5), uma das mais respeitadas revistas científicas do Reino Unido e, também, referência para várias universidades. A matéria discorre sobre o fato de que algumas pessoas são capazes de ver um halo, um tipo de aura ao redor de objetos, animais e também do corpo das pessoas, principalmente ao redor de suas cabeças. 

Uma pessoa identificada apenas como T.K., de 23 anos e diagnosticado com Síndrome de Asperger, segundo a revista, é uma dessas pessoas capaz de identificar visualmente as cores da aura de uma pessoa. Pessoas assim são identificadas como sinestésicas. Sinestesia, como figura de linguagem, é o cruzamento dos sentidos. T.K. não identifica apenas as cores, ele também foi capaz de associar uma determinada cor a um tipo de comportamento emocional. Por exemplo, ele associa uma pessoa feliz com a cor verde, que é por ele visualizada (Neurocase, http://doi.org/dgh32j). 

A visualização de auras não é um fenômeno novo. Desde a antiguidade este fenômeno foi observado e reproduzido em várias pinturas sacras. Outros povos que também mencionam a aura em seus textos são os japoneses e os chineses, com o seu Qi (Ki) e também os hinduístas. Mas o conceito de aura passou ganhar maior notoriedade no ano de 1939, quando um casal de russos (Semyon Davidovich Kirlian e Valentina Khrisanovna Kirliana) acabou re-descobrindo sem querer este efeito e que veio ser conhecido como “efeito kirlian”. A fotografia kirlian, ou kirliangrafia, pode ter várias aplicações. No Brasil, centenas de Clínicas, Institutos e Hospitais se utilizam da Foto Kirlian para acompanharem o estado de saúde de seus pacientes. A Embraer, desde 1990, utiliza a kirliangrafia para identificar “fadigas” ou “rupturas” nas peças dos aviões. 

Ainda no Brasil, antes mesmo do efeito kirlian surgir, o padre brasileiro Roberto Landell de Moura, criava em 1904 a câmera eletrográfica, sendo ele, portanto, o verdadeiro inventor do que hoje é conhecido como Foto Kirlian. Foi também no Brasil, que foi apresentado um o trabalho sobre o assunto e se trata da obra “A vida fora da matéria”, idealizada em 1924 pelo empresário e jornalista Luiz de Mattos, codificador do Racionalismo Cristão, e realizada em 1930, por Antônio Cottas. Esta obra, mesmo depois de quase 90 anos de seu lançamento, ainda é uma fonte segura para aqueles que quiserem se aprofundar no tema. E, conforme as palavras do atual presidente do Racionalismo Cristão, Gilberto Silva, “nada existe no mundo semelhante a esse livro, nenhum outro trata do tema com tanta precisão e segurança, nenhum outro oferece informações sobre a vida espiritual tratada isoladamente da vida física”. 

No livro, A Vida fora da matéria, no capítulo III que trata sobre a aura, podemos observar o seguinte: “É a aura humana que, pela grande variação de cores, apresenta maior complexidade de análise pois, além de revelar o estado de evolução de cada indivíduo, retrata a suas tendências, a índole, o grau de inteligência, a capacidade de raciocínio, a sensibilidade de consciência e, finalmente, a natureza dos seus pensamentos. Ainda que pareça uma única, são três, na realidade, as auras humanas: a do espírito, a do corpo fluídico e a do corpo físico, cada uma das quais correspondendo à natureza do corpo de que emana. A aura do corpo físico, que é a emanação de todas as partículas da matéria organizada nele contidas, pode ser observada durante o sono sem a interferência das outras duas, quando o espírito e o corpo fluídico dele se afastam.” 

Continua ainda a referida obra. “A visão física apenas pode distinguir as cores do espectro solar e suas associações. Existem, no entanto, inumeráveis outras que, embora escapando aos olhos físicos, fazem parte da seriação das cores áuricas do espírito. A aura humana varia de cor, de acordo com o pensamento das criaturas. Em estado de calma e tranquilidade, ela se manifesta por uma coloração própria, reveladora do grau de evolução do espírito.” Vale também ressaltar, que esta obra contém mais de sessenta ilustrações para um melhor entendimento sobre este assunto. 

Parece que, pouco a pouco, a ciência materialista vai penetrando em áreas que antes ficavam relegadas apenas aos místicos, religiosos e espiritualistas de um modo geral, como é o caso desta matéria divulgada pela revista NewScientist. Vemos com bons olhos a aproximação, a interação, da ciência materialista com a ciência espiritualista. Acreditamos que todos só temos a ganhar com isso.


Bibliografia:


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